Embora a prudência não possibilite a definição de absolutos quanto à harmonia de vinhos com a gastronomia, algumas posições assumidas ao longo das eras são muito apropriadas e podem ser recomendadas como regras.
A questão, porém, nem de longe é agradar o gosto particular de um ou de outro. Isso tornaria a questão, que não é simples, em algo insolúvel. Harmonizar um vinho com um prato tem a ver com equilíbrio, por meio do encontro harmônico de sabores. Sem que os sabores da receita sucumbam aos sabores do vinho, ou sem que o vinho seja tímido demais para o prato, ou ainda que não haja um atrito desconfortável entre o vinho e prato. Ufa! Tem muita coisa envolvida na tarefa de escolher um vinho que seja marcante e, ao mesmo tempo, esteja em harmonia com a receita que será servida.
Com esse pensamento, apresentamos a seguir 10 regras que podem te ajudar na escolha de um vinho adequado com a boa mesa.
Como o cerne dessa questão está nos sabores, a primeira regra é ter em mente os principais ingredientes da receita. Em um prato principal, é importante considerar se há uma proteína e de qual tipo ela é, uma vez que para um filé de peixe grelhado, sugere-se um tipo de vinho, e para um filé mignon grelhado, a escolha tende a ser bem diferente.
Ainda falando de sabores, faz diferença quais serão os processos de preparo da receita.
Com uma posta de filé mignon, pode-se preparar um Tornedor ou um excelente Strogonoff. No primeiro caso, o ideal é harmonizá-lo com um vinho tinto de boa complexidade, encorpado, com taninos firmes e bom final de boca. Já no caso do Strogonoff, que também pede um vinho tinto, mas de menor complexidade, frutado e levemente amadeirado, características que “falam bem” com o molho, e pode ser um pouco mais alcoólico, tendo em vista o uso de conhaque no preparo da receita.
Os espumantes são verdadeiras “cartas na manga”. É possível harmonizar praticamente qualquer receita com vinhos espumantes. Naturalmente, observando as principais características de cada tipo. Para acompanhar pães doces, como colombas e croissants, faz-se necessário que o espumante seja mais doce, como o Moscatel ou alguns rótulos rosés. Já para bolos ou doces, o ideal é o espumante brut.
Se o prato servido for marcado pela presença de alguma gordura, é interessante que o espumante tenha uma acidez mais destacada para fazer frente a esse tipo de sabor.
De outra sorte, para a maioria das situações, os espumantes são elegantes e assertivos, e são especialmente indicados para acompanhar antepastos, saladas e petiscos.
Pratos caracterizados pela presença de temperos muito fortes, como a pimenta da cozinha mexicana, pedem por um vinho de boa acidez e pouca doçura. Poderia ser um vinho branco jovem, bem aromático, como, por exemplo, Sauvignon Blanc.
Se, no entanto, a opção for um vinho tinto, é importante que a escolha seja por um vinho de sabor leve, menos tânico, frutado, mas não doce. Poderia ser um Camenére ou um Pinot Noir.
Os vinhos portugueses
Portugal tem o privilégio de contar com mais de 280 castas de uvas autóctones próprias para a produção de vinhos. Por isso, qualquer que seja a especialidade gastronômica que for servida, há um vinho português para se harmonizar com seus sabores.
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